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sábado, 8 de setembro de 2012

Atletas jovens aprendem a ser excessivamente agressivos praticando esportes?


 

Se formos responder de forma simples e objetiva, a resposta é não. Entretanto precisamos analisar mais profundamente essa pergunta para respondermos de forma satisfatória.

Primeiramente uma breve explicação a respeito de “agressividade”: “De uma perspectiva ampla pode-se dizer que foram reconhecidos dois tipos de agressividade: a agressividade endógena ou constitutiva (biológica) e a agressividade exógena ou reacional (relacionada à fatores ambientais). A teoria Freudiana (1920, Além do Princípio de Prazer), afirma a existência de uma propensão primária inata à agressividade no homem. Localizando-se a pulsão de morte na origem, no âmago do ser humano e fazendo da auto-agressão o próprio princípio da agressividade. Já Kris, Hartmann e Loewenstein, consideraram que a agressividade, longe de ser uma força destrutiva, estava ligada, ao contrário, à preservação do indivíduo, assim como no animal, onde a sobrevivência das espécies é determinada pela agressividade instintiva. ”(O Desenvolvimento Afetivo e Intelectual da Criança. B.Golse, 1998)
 

Após esta breve explicação, voltando à nossa pergunta, podemos dizer que é relativo.Tudo vai depender do contexto esportivo que esse jovem atleta vai estar inserido e principalmente a filosofia do clube, dos dirigentes e o estilo de ‘LIDERANÇA DO TREINADOR.’ Eu diria que o amor e ódio habitam o ser humano, isso é celular, a diferença crucial é qual deles será mais estimulado. Portanto fatores genéticos aliados aos estímulos ambientais serão determinantes para se desenvolver traços agressivos. Temos que cuidar para não generalizar, pois para toda regra há exceções. Vamos a um exemplo: um jovem que cresce em um ambiente hostil e agressivo, pode adotar um comportamento totalmente pacifico, pois aquilo lhe faz tanto mal, que escolhe para si uma vida diferente, ou seja, não será agressivo. Embora a tendência é de que essa pessoa repita o padrão de comportamento ao qual conviveu em sua infância.
 

Ao nascermos trazemos conosco a herança genética, que funciona como uma espécie de memória e registros de cada indivíduo, determinando características que vão além das puramente físicas, como cor dos olhos, do cabelo, estatura... Isso cabe dizer que existem genes para o comportamento e, que esses genes afetam nossa postura social e política. Portanto, podemos dizer que os fatores genéticos são importantes para o comportamento humano, assim como o ambiente.
 

Entende-se que no desenvolvimento humano, ambientes familiares e sociais são decisivos na construção de indivíduos saudáveis e com potencial de ação positiva. Se pensarmos no esporte como um lugar de formar cidadãos com valores de respeito a si próprio e ao próximo, cooperação, espírito de equipe, solidarismo e principalmente EMPATIA, que é a capacidade de compartilhar o sentimento do outro, internalizar e colocar-se no lugar desse outro da relação, teremos jovens muito bem estruturados interagindo na sociedade. Mas, para isso, é preciso CONSCIÊNCIA dos PROFISSIONAIS que ACOMPANHAM ESSES JOVENS ATLETAS.


Uma boa leitura!!!

Um abraço e até mais...
 

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