Se formos responder
de forma simples e objetiva, a resposta
é não. Entretanto precisamos
analisar mais profundamente essa pergunta para respondermos de forma
satisfatória.
Primeiramente uma
breve explicação a respeito de “agressividade”:
“De uma perspectiva ampla pode-se dizer
que foram reconhecidos dois tipos de agressividade: a agressividade endógena ou
constitutiva (biológica) e a agressividade exógena ou reacional (relacionada à
fatores ambientais). A teoria Freudiana (1920, Além do Princípio de Prazer),
afirma a existência de uma propensão primária inata à agressividade no homem.
Localizando-se a pulsão de morte na origem, no âmago do ser humano e fazendo da
auto-agressão o próprio princípio da agressividade. Já Kris, Hartmann e
Loewenstein, consideraram que a agressividade, longe de ser uma força
destrutiva, estava ligada, ao contrário, à preservação do indivíduo, assim como
no animal, onde a sobrevivência das espécies é determinada pela agressividade
instintiva. ”(O Desenvolvimento Afetivo e Intelectual da Criança. B.Golse,
1998)
Após esta breve
explicação, voltando à nossa pergunta, podemos dizer que é relativo.Tudo vai depender
do contexto esportivo que esse jovem atleta vai estar inserido e principalmente
a filosofia do clube, dos dirigentes e o
estilo de ‘LIDERANÇA DO TREINADOR.’ Eu diria que o amor e ódio habitam o
ser humano, isso é celular, a diferença crucial é qual deles será mais
estimulado. Portanto fatores genéticos aliados aos estímulos ambientais serão
determinantes para se desenvolver traços agressivos. Temos que cuidar para não
generalizar, pois para toda regra há exceções. Vamos a um exemplo: um jovem que
cresce em um ambiente hostil e agressivo, pode adotar um comportamento
totalmente pacifico, pois aquilo lhe faz tanto mal, que escolhe para si uma
vida diferente, ou seja, não será agressivo. Embora a tendência é de que essa
pessoa repita o padrão de comportamento ao qual conviveu em sua infância.
Ao nascermos
trazemos conosco a herança genética, que funciona como uma espécie de memória e
registros de cada indivíduo, determinando características que vão além das
puramente físicas, como cor dos olhos, do cabelo, estatura... Isso cabe
dizer que existem genes para o comportamento e, que esses genes afetam nossa
postura social e política. Portanto, podemos dizer que os fatores genéticos são
importantes para o comportamento humano, assim como o ambiente.
Entende-se
que no desenvolvimento humano, ambientes familiares e sociais são decisivos na
construção de indivíduos saudáveis e com potencial de ação positiva. Se
pensarmos no esporte como um lugar de formar cidadãos com valores de respeito a
si próprio e ao próximo, cooperação, espírito de equipe, solidarismo e
principalmente EMPATIA, que é a capacidade de compartilhar o sentimento do
outro, internalizar e colocar-se no lugar desse outro da relação, teremos
jovens muito bem estruturados interagindo na sociedade. Mas, para isso, é
preciso CONSCIÊNCIA dos PROFISSIONAIS que ACOMPANHAM ESSES JOVENS ATLETAS.
Uma boa leitura!!!
Um abraço e até mais...
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